No âmbito do Projeto educativo “Alimentação Sustentável”, a Associação para a Promoção do Desenvolvimento Rural do Ribatejo (APRODER) realizou um workshop com os alunos, professoras e auxiliares na EB1 de Perofilho, na Freguesia da Várzea, na manhã de 4 de junho. Uma ação que conta com a parceria da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT), pelo que vai ser dinamizada em várias escolas dos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magoe e de Santarém.
Nuno Russo, Vereador da Câmara Municipal de Santarém (CMS) com os pelouros do Apoio ao Desenvolvimento Agrícola do Concelho e da Proteção Ambiental, associou-se à atividade, interagindo com os alunos nos diversos jogos e atividades realizados na Escola, ao longo da manhã. Um evento que também contou com a presença, entre outros, de Maria João Botelho, Coordenadora da APRODER.
O Vereador da CMS lembrou a primeira sessão com a equipa da APRODER onde falaram das boas práticas nutricionais que contribuem para a educação alimentar, saudável e sustentável, tendo por base a dieta Mediterrânica. Nessa primeira sessão foram também abordadas as medidas que devem ser adotadas tendo em vista a redução do desperdício alimentar.
A atividade contemplou uma abordagem à Roda dos Alimentos e à importância de os conservarmos bem, seja na despensa ou no frigorifico, para reduzir o desperdício. Por outro lado, foi também destacada a importância do reaproveitamento de alimentos cozinhados, como arroz e massa, que podem dar origem a novas refeições se forem bem conservados no frigorifico. Divididos em três grupos, os alunos tiveram oportunidade de testar os conhecimento adquiridos, numa dinâmica que consistia em colocar cada produto no local correto, nos compartimentos de um frigorifico ou na despensa.
A atividade seguinte, consistiu numa experiência sensorial, através do tato e do olfato, para testar a capacidade dos alunos reconhecerem alimentos, de olhos vendados, que estavam em caixas: limões, pêssegos, curgetes, pepinos, cenouras, feijões, beterraba, nêsperas, tomates e pimentos.
Na terceira atividade, os alunos receberam uma vaso de papel, que personalizaram, com canetas, onde colocaram terra e sementes de abóboras manteiga. Concluída a tarefa, passaram à rega, que como disseram è essencial para passar os nutrientes para a terra e, por conseguinte, servir de alimento às sementes para poderem germinar. Por fim, os alunos depositaram as fatias das abóboras no compostor da Escola, que criaram, após o primeiro workshop promovido pela APRODER em janeiro. Um equipamento que vai dar jeito para adubar a horta que também criaram para testarem todos os conhecimentos adquiridos sobre agricultura sustentável.
De referir que, este projeto da APRODER, tem como objetivo principal dinamizar os territórios rurais. Contempla a “realização de atividades de sensibilização e educação alimentar, sensibilização e divulgação para a adoção da Dieta Mediterrânica, através da promoção do consumo de produtos locais e endógenos. Produção de conteúdos técnicos e científicos tais como guia de atividades para alunos do 1º ciclo do ensino básico, guia para professores e guia de combate ao desperdício alimentar para aplicação nos municípios integrantes da CIMLT. Evento Regional de apresentação de resultados, com a colaboração de um chef de cozinha natural do território, que apresentará propostas gastronómicas com produtos mediterrânicos implementando o desperdício zero, e salientando os aspetos inerentes à sustentabilidade dos produtos”.
O Projeto prevê a implementação de atividades e de metodologias que contribuam para a educação e disseminação desta informação junto de toda a população, tendo como publico alvo os alunos do 1.º ciclo do Ensino Básico, de uma alimentação saudável e sustentável, privilegiando e fomentando o consumo de produtos nacionais, regionais e locais em equilíbrio com os princípios da Dieta Mediterrânica; promovendo e valorizando a produção e consumo de produtos endógenos e a adoção da Dieta Mediterrânica, contribuindo desta forma para o aumento da adesão à Dieta Mediterrânica em 20 por cento até 2030.