Por João Maurício
É um lugar comum, mas nem por isso deixa de ser verdade, dizer que as pessoas só morrem, quando deixam de ser faladas. Por isso, a figura de António Feliciano Júnior que, se fosse vivo, fazia neste mês de fevereiro um século de vida.
Não vamos aqui historiar a sua vida, mas apenas deixar um breve apontamento sobre o seu percurso terreno.
António Feliciano foi um homem plurifacetado, tendo deixado o seu sinal em tudo o que fez. Foi, durante mais de cinquenta anos, professor e deixou uma marca em todos os que foram seus alunos.
Colecionador famoso, nomeadamente de postais ilustrados, chegando mesmo a ser um dos maiores colecionadores nesse setor.
Esteve ligado ao teatro e ao cinema amador. Católico convicto, empenhou-se em várias atividades da paróquia local.
Pessoa afetuosa, foi um conciliador.
Profundamente bairrista na sua escrita, colocou sempre em primeiro lugar, a defesa da terra onde nasceu. Esteve ligado ao Coral e Orquestra Típica de Rio Maior. Fotógrafo distinto, recebeu o primeiro prémio no I Salão Internacional de Arte Fotográfica de Portalegre em 1965, sendo o júri constituído pelo escritor José Régio e pelo cineasta Manuel de Oliveira.
Feliciano Júnior foi membro da direção da Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior. Profundamente humanista, deixou uma forte lembrança em todos os que o conheceram e lidaram com ele.
Muito haveria a dizer sobre o Professor António Feliciano Júnior, mas ficamos por aqui.
Acrescentamos, apenas, que ficará na história de Rio Maior, entre os riomaiorenses ilustres.