Inicialmente criadas para permitir a comunicação entre os utilizadores, as redes sociais foram rapidamente evoluindo e, hoje em dia, é possível realizar diversas atividades nestes espaços online. Há quem diga que consegue passar dias sem aceder às redes, mas também há quem passe várias horas diárias a navegar por elas – principalmente os jovens, que são grandemente influenciados por estas plataformas, tanto para o bem como para o mal.
Veja a seguir cinco influências das redes sociais nos jovens de todo o mundo.
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Cyberbullying
Segundo um artigo da Universidade de Flórida, as redes sociais foram cruciais no aumento do cyberbullying (ou bullying virtual), pois é através delas que são feitos a maioria dos ataques – desde ofensas e perseguições, até à publicação de fotografias privadas, todos os dias há jovens a sofrer deste tipo de bullying, pelo que é importante que saibam manter a segurança e privacidade nas redes.
Como mostra o infográfico apresentado no blog da ExpressVPN, algumas medidas preventivas podem ser tomadas a fim de evitar estes ataques, tais como usar várias contas para personalizar o conteúdo para diferentes públicos, não vincular diferentes contas de redes sociais, prestar atenção ao que é mostrado nas fotos (já que podem revelar a localização do utilizador), marcar a localização apenas depois de sair do local, evitar expor os locais frequentados, limitar postagens mais sensíveis aos amigos mais próximos, filtrar comentários que tenham conteúdo ofensivo, entre outras.
No entanto, a população jovem está cada vez mais informada, e há grandes ondas de divulgação de crimes e união por parte dos utilizadores das plataformas que ajudam na resolução destes casos.
Hábitos de Leitura
A comunidade literária digital tem tido um crescimento exponencial, sobretudo no Instagram. Denominada de “Bookstagram”, esta comunidade é liderada por criadores de conteúdo apaixonados por livros que partilham as suas leituras atuais, fazendo reviews e desafiando outros influencers digitais e os seus seguidores. A hashtag # bookstagram já ultrapassa 78 milhões de publicações.
Depois da explosão de perfis de leitura no Instagram, foi a vez dos Tik Tokers entrarem em ação, com a realização de vídeos com temáticas parecidas às publicações da rede vizinha.
Videojogos
O Youtube e a Twitch são plataformas onde os chamados “streamers” fazem transmissões ao vivo, principalmente de videojogos, influenciando os jovens a passar horas em frente ao computador – há quem faça transmissões durante 24 horas. Alguns criadores de conteúdo até convidam seguidores aleatórios para jogar com eles durante as sessões.
Os desenvolvedores de videojogos criam gatilhos para atrair determinados públicos, como é o caso dos criadores do “Valorant”, um jogo online de tiros, com um mapa inspirado em Portugal e que apresenta várias referências ao país.
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Integração em Grupos Virtuais
Com milhões de pessoas a utilizar as redes sociais, vão sendo formados grupos virtuais com temáticas específicas onde qualquer um pode entrar. Desde grupos no Facebook a comunidades no Discord, é possível conversar através de mensagens de texto, partilhar conteúdo e fazer diferentes atividades em conjunto através de videochamadas.
Num mundo onde ainda existe muita discriminação e pouca aceitação da diferença, é através destes grupos que muitos encontram o seu refúgio e o sentimento de integração por parte dos outros.
Comparação Social
A partilha da “suposta” felicidade por parte dos influencers digitais (viagens constantes, alimentação saudável, corpos bonitos e tempo para os amigos e família) pode afetar negativamente determinadas pessoas. Um dos fatores que leva a sentimentos de inferioridade perante estas publicações é a baixa autoestima, a qual gera a crença de que não é possível ser feliz sem as condições apresentadas por certos influencers.
Com tantas atividades diferentes disponíveis e de fácil acesso aos adolescentes, esta população passa cada vez mais tempo ligada à internet, muitas vezes esquecendo o mundo lá fora – o que pode levar a questões psicológicas e de aceitação da própria aparência física quando se retorna à vida real.
A utilização constante destas plataformas cria dependência, levando ao aumento da dificuldade de comunicação com pessoas fora dos ecrãs, assim como a situações de sedentarismo e subsequente obesidade entre os jovens.