Segundo o último relatório da OCDE, a prevalência das perturbações de saúde mental em Portugal é uma das mais elevadas na UE, assim como o consumo de psicofármacos. Com o objetivo de contribuir para a inversão destas realidades, o Grupo H Saúde recorreu a especialistas em Psicologia Clínica e da Saúde e em Hipnoterapia Clínica, disponibilizando consultas para todas as faixas etárias.
Mitos e Preconceitos:
Existe alguma relutância em consultar um psicólogo, devido a mitos e preconceitos sobre a psicologia, nomeadamente que esta é para loucos, é para fracos, o psicólogo pode ler a mente, o psicólogo só ouve e isso, um amigo também faz. Na realidade a psicologia está para as doenças mentais como a medicina para as doenças físicas, com a diferença de usar técnicas que não contemplam a prescrição de medicamentos. Por outro lado, não trabalha só doenças; pode igualmente melhorar comportamentos e ajudar a lidar com dificuldades.
Estar doente não é uma fraqueza, mas procurar ajuda profissional é um comportamento inteligente e até corajoso nesta sociedade preconceituosa.
Os psicólogos não leem mentes nem têm a capacidade de adivinhação. Quando antecipam algo coincidente com o caso do cliente, estão a usar probabilidades e estatística (que se inserem na área da matemática) e a própria experiência profissional. O psicólogo ouve sem julgar e, tem uma vasta panóplia de conhecimentos que lhe permite intervir de forma adequada e no momento adequado.
Quanto à hipnoterapia, esta é a avalizada pela Organização Mundial de Saúde e reconhecida numa série de países, entre os quais: Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Suíça, Itália, Espanha e Japão. Ainda assim, não se dissocia de preconceitos e mitos e a prová-lo existem perguntas diárias nos consultórios, nomeadamente: “E se o hipnoterapeuta morrer durante a sessão? E se eu não voltar? Vou ficar vulnerável? Vou contar algum segredo? Pode ser prejudicial ao cérebro? Vou ter amnesias?” Nada disto é possível. A pessoa em estado de hipnose está acordada e consciente, o que responde à maioria destas questões.
Caso o hipnoterapeuta morra durante a sessão, cuja probabilidade é exatamente a mesma de morrer noutras atividades, como numa consulta de psicologia, o cliente deixa de o ouvir falar ou ouve algum som estranho e abre os olhos. Devo acrescentar, que não existem registos de alguma vez ter ocorrido esta situação.
O estado de hipnose só por si é terapêutico, porque é um estado de relaxamento que gera um equilíbrio no corpo e não causa vulnerabilidades nem amnesia. O estado de hipnose é o estado limite entre o estado de vigília e o sono. O cliente pode esquecer algum detalhe da sessão, mas recorda o contexto e sabe o que diz e faz, e só faz e diz o que quer, precisamente por estar acordado e consciente. Também por este motivo, sai do estado de hipnose sempre que quiser. Trata-se de um estado natural nos Humanos e não deve haver nada que confira mais segurança ao processo do que este facto. Acontece-nos diariamente em diversas circunstâncias, sendo que uma delas é precisamente antes de adormecermos.
Manuela Quintanilha – Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde
Pós-Graduada em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental na Infância e Adolescência
Master em Hipnose Clínica
Hipnoterapia para Crianças