Por João Maurício
Lista de Riomaiorenses que estiveram presos no Forte de Peniche
Estes nomes foram retirados, com a devida vénia, de uma lista de presos
políticos que estiveram no Forte de Peniche, entre 1931 e 1974, da obra “Forte
de Peniche – Memória, Resistência e Luta”, Edição da União de Resistentes
Antifascistas Portugueses, 5ª Edição, Agosto de 2019.
Um longo trabalho de Olga Macedo, realizado no Arquivo da Torre do
Tombo. Por Peniche, passaram 2510 presos.
O regime da ditadura transformou o Forte de Peniche em prisão política.
Embora com uma vigilância apertada, houve fugas do Forte/Prisão, em
1936, 1938, 1946, 1950, 1953, 1954 e 1960.
Recordamos que o Forte de Peniche era uma prisão com um regime
duríssimo e por onde passaram muitos oposicionistas, sendo o nome mais
conhecido Álvaro Cunhal.
O escritor Soeiro Pereira Gomes (1909-1949), conhecido militante
comunista, teve um papel importante na organização clandestina do partido,
no concelho de Rio Maior, nos anos quarenta do século passado. É bem
possível que algumas das prisões referidas anteriormente tenham acontecido
na sequência dessa militância.
O jornal “O Mirante”, (edição de 8 de Abril de 2009), diz-nos que Soeiro
Pereira Gomes «promoveu a constituição e acompanhamento entre 1945 e
1946, dos comités locais do PCP, em Rio Maior e S. João da Ribeira e o núcleo
da Marmeleira». Mais nos diz a publicação por nós consultada que, em
Novembro de 1947, “os operários agrícolas de Rio Maior fizeram uma greve
por aumentos de salários”.
Não sabemos o número de pessoas envolvidas nesse processo, mas o
resultado das eleições presidenciais de 1958, em Rio Maior, onde Humberto
Delgado ganhou, provam que havia na altura, entre muitos riomaiorenses, um
mal estar em relação ao chamado Estado Novo.