Se reunião não for agendada para os próximos dias, vão avançar com novas formas de luta que podem passar por greves nacionais e por instituições, a iniciar ainda no mês de julho
Não tendo ainda sido agendada nova data para a reunião de negociação com as estruturas sindicais representativas dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, conforme compromisso assumido pela tutela nas reuniões que se realizaram no passado dia 28 de maio, o STSS – Sindicato Nacional de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica enviou um ofício à Ministra da Saúde onde informa que esta será a última missiva ao Governo e que caso não seja feito o agendamento da reunião nos próximos dias vão avançar, ainda no mês de julho, com novas formas de luta que podem passar por greves nacionais e por instituições.
“O Ministério da Saúde comprometeu-se a reunir com os Sindicatos dos TSDT, na ronda negocial das diversas carreiras, o que devia ter ocorrido na semana passada. Por diversos motivos e conforme anunciado pelo Ministério, essas reuniões foram adiadas, estando previsto ocorrerem nos próximos dias. No entanto, até ao momento não nos foi confirmada uma nova data para a referida reunião. Por isso, os Sindicatos da plataforma Sindical dos TSDT, enviaram um ofício com uma última insistência para a marcação da mesma” explica Luis Dupont, Presidente do STSS. Reforçando que “os Sindicatos, na boa-fé negocial que deve caracterizar estes processos, compreenderam a necessidade do atual Governo precisar de algum tempo (cerca de 30 dias) para apresentar as suas propostas, em resposta às suas reivindicações. Porém, decorrido mais de um mês exigimos ao Governo a marcação da reunião para desenvolvimento do processo negocial”.
Recorde-se que na última reunião com a tutela, o Ministério da Saúde comprometeu-se a apresentar, para além de um protocolo negocial, propostas de resolução e clarificação de matérias como a atribuição de 1,5 pontos a todos os TSDT, harmonização dos retroativos, resolução das injustiças que existem, entre outras matérias.
“Neste contexto, de indefinição e de até alguma desigualdade na atuação do Ministério da Saúde e do Governo para com os TSDT e estas organizações sindicais que representam a maioria destes profissionais no SNS, torna-se insustentável manter os trabalhadores sem respostas e propostas concretas, que justamente insistem e nos exigem todos os dias uma reação pública dos sindicatos à situação em relação a negociação dos TSDT. Acreditamos que o decretar das greves e manifestações públicas serão evitáveis, contudo, nada podemos fazer perante a revolta e indignação dos trabalhadores que não aceitam ser tratados de forma desigual, não apenas em relação a outros profissionais das carreiras da Administração Pública, mas também com trabalhadores que integram a mesma carreira. Com este propósito, aguardamos pelo envio urgente do protocolo negocial e agendamento da reunião, já insistentemente pedida pelos Sindicatos” conclui o Presidente do STSS.