

Por Joaquim Nazaré Gomes – Presidente da Associação de Produtores Agrícolas da Região de Rio Maior
No passado dia 13 de julho, a Associação de Produtores Agrícolas da Região de Rio Maior (APARM), em colaboração com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Câmara Municipal de Rio Maior e a Cooperativa Agrícola, comemorou os 50 anos do Dia do Agricultor Livre – “13 de julho de 1975”.
Foi o dia em que os agricultores de Rio Maior não permitiram a ocupação do seu Grémio da Lavoura, ficando esse dia conhecido como o Dia do Agricultor Livre.
As comemorações incluíram: um desfile de tratores pelas ruas da cidade e o descerramento de uma placa comemorativa do Dia do Agricultor Livre, assinalando simbolicamente a importância desta efeméride para a comunidade agrícola de Rio Maior.
Uma jovem agricultora proferiu uma alocação em honra do Agricultor Livre, o Presidente da Associação APARM evocou de forma detalhada os acontecimentos do 13 de julho 1975, o Presidente da CAP, recordou os factos marcantes daquele dia histórico enaltecendo a coragem dos Agricultores de Rio Maior, por fim o Presidente da Camara Municipal destacou o papel dos agricultores na resistência ao coletivismo que se procurava impor no chamado verão quente de 75.
O evento teve cobertura da RTP, desde o início do desfile até ao final do almoço-convívio no Jardim Municipal de Rio Maior.
Para nossa surpresa, a RTP não transmitiu uma única palavra sobre a efeméride, limitando-se a relatar outros factos sem ligação aos acontecimentos do dia.
Há 50 anos, a RTP encontrava-se nacionalizada e sob controlo do Partido Comunista. Nos dias seguintes a 13 de julho de 1975, insultou os agricultores e a população de Rio Maior. No entanto veio a retratar-se quatro dias depois, precisamente no dia 17 de julho, no último telejornal, apresentando uma reportagem relativa ao comunicado do Povo de Rio Maior, que repudiava os insultos que lhe tinham sido dirigidos.
Passados 50 anos, ignorou os acontecimentos do dia 13 de julho 2025 em Rio Maior.
A quem serve hoje a RTP?
A uma televisão pública, paga por todos nós, esperava-se maior isenção.
