Foi muito recentemente editado o livro Performance Art in Portugal, de Cláudia Madeira (Universidade Nova de Lisboa/FSSH-ICNOVA).
Edição da prestigiada Routledge Taylor & Francis Group/New York and London, e distribuição em vários países (preços de cerca 90 dólares e 100 euros, capas cartonadas), esta obra é fundamental para o conhecimento e história da arte performativa em Portugal desde 1917 (Almada Negreiros, Manifesto Anti-Dantas, Teatro São Luíz) até 2022.
Todo o texto em inglês, em quatro capítulos, pormenoriza eventos e arte performativa dos mais destacados artistas (também de outros países que apresentaram espectáculos em Portugal), refere instituições (Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Colecção Berardo, Fundação de Serralves, Culturgest, Centre Georges Pompidou ou CCB-Centro Cultural de Belém) análises de historiadores e críticos, publica fotografias, vasta bibliografia e index.
Alguns artistas analisados entre quase uma centena : Alberto Carneiro, Albuquerque Mendes, Allan Kaprow, Almada Negreiros, Amadeo de Souza-Cardoso, Ana Hatherly, Ângelo de Sousa, António Barros, Armando Azevedo, Carolee Schneemann, Chris Burden, Elisabete Francisca, Elisabete Mileu, Ernesto de Sousa, Ernesto Mello e Castro, Gerardo Burmester, Gina Pane, Helena Almeida, João Vieira, John Cage, Jorge Lima Barreto, Jorge Peixinho, José Conduto, José de Carvalho, Joseph Beuys, Julião Sarmento, Laurie Anderson, Manoel Barbosa, Marina Abramovic, Mário Cesariny, Merce Cunningham, Miguel Yeco, Orlan, Robert Filliou, Rui Órfão, Ulrike Rosenbach, Silvestre Pestana, Vânia Rovisco, Vera Mantero ou Wolf Vostell.
Manoel Barbosa é o artista mais referido (também com imagem) em quarenta e três páginas dentre cento e noventa e sete. Destaca-se o seu trabalho no contexto português e internacional (desde 1973 até à actualidade), ainda, o organizador de eventos, depoimentos e textos.
Nasceu em Rio Maior em 1951. Reside em Lisboa e temporariamente em Nova Iorque e Milão. A sua actividade reparte-se por pintura, desenho, performance arte, vídeo arte ou instalação. Representado em museus, fundações, institutos, centros de arte, galerias, outras colecções públicas e particulares em trinta e quatro países.
Vasta biografia e bibliografia sobre as suas mais de 140 exposições (individuais e colectivas), 117 performances, exibições de vídeo art e instalações.
Actualmente prepara dois espectáculos performativos do seu ciclo sobre guerra (iniciado em 2017), uma delas com duração de cerca de três horas a interpretar por oito performers.