Na noite de 23 para 24 de novembro foi detida em flagrante delito, nas Caldas da Rainha, uma mulher pela prática de um crime de violência doméstica agravado.
A arguida foi apresentada pelo Ministério Público, no dia seguinte, a primeiro interrogatório judicial no Juízo de Instrução Criminal de Leiria.
Resulta dos autos, nomeadamente, que no período compreendido entre os meses de setembro e novembro deste ano a arguida e o ofendido mantiveram uma relação amorosa, sem coabitação, que terminou no dia 23 de novembro.
Segundo a Procuradoria da República da Comarca de Leiria, “no decurso do relacionamento, por diversas vezes, a arguida injuriou, ameaçou e agrediu fisicamente o seu namorado, designadamente, no interior da residência deste. Além do mais, fazendo uso de um martelo, desferiu vários golpes contra a porta principal da residência da vítima, partindo os respetivos vidros. E nesse contexto desferiu vários golpes contra os espelhos retrovisores do seu veículo”.
De acordo com a mesma fonte “ao atuar deste modo a arguida pretendia e conseguiu provocar sofrimento, humilhação e vergonha na vítima, atentando contra a sua dignidade, numa postura de prevalência e de dominação, provocando assim mau estar psicológico na mesma”.
Verificando-se a existência de perigo de continuação de atividade criminosa, no âmbito do primeiro interrogatório judicial, foi determinado que a arguida aguardasse os trâmites do processo sujeita, cumulativamente, às obrigações decorrentes do termo de identidade e residência (TIR), à proibição de contactar por qualquer meio com a vítima, à proibição de permanecer em qualquer local em que a mesma se encontre e à proibição de frequentar a residência daquela, bem como o seu local de trabalho.
A investigação prossegue sob direção do Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Caldas da Rainha, com a coadjuvação da GNR desta cidade.