

A Direção Nacional do STAL – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional ,Empresas Públicas, Concessionárias e Afins, emitiu um comunicado onde refere que “a elevada adesão à Greve Geral, que se faz sentir hoje, afectou grandemente muitos serviços municipais por todo o país, demonstrando a forte rejeição às alterações à legislação laboral que o governo PSD-CDS quer impor, bem como uma grande mobilização, unidade e determinação dos trabalhadores em prosseguir a luta em defesa dos seus direitos e pela valorização salarial e profissional”.
No mesmo comunicado, a Direcção Nacional do STAL “saúda todos os trabalhadores que, com a sua mobilização e adesão a esta importante luta, levou ao encerramento de muitos serviços municipais, como juntas de Freguesia, estaleiros, oficinas, serviços de água e saneamento, escolas, jardins de infância, transportes colectivos urbanos de passageiros, piscinas, fiscalização, bibliotecas, sectores operacionais, tesourarias e serviços de atendimento e administrativos”.
O STAL refere também que “à medida que se tornam mais gravosos e violentos os impactos das politicas de empobrecimento do actual Governo e que se agravam as condições de vida dos trabalhadores – e particularmente dos da Administração Local e sector empresarial –, cresce a revolta e a consciência de que é preciso um outro rumo para o País, que valorize o trabalho, promova o desenvolvimento e os Serviços Públicos, respeite os direitos e valorize os salários”, salientando que “os dados conhecidos da Administração Local e das empresas concessionárias até ao momento reflectem, também, a grande disponibilidade para a luta e o profundo descontentamento dos trabalhadores face à ausência de resposta efectiva do governo PSD-CDS aos seus problemas e às suas exigências, nomeadamente: aumento não inferior a 15% (mín. 150 € para todos); base remuneratória de 1050 € na Administração Pública; Subsídio de refeição de 12 €; Correcção real e justa da Tabela Salarial/TRU; Valorização de todas as carreiras e profissões; Suplemento de Penosidade e Insalubridade abragente e actualizado; Regulamentação das Profissões de Desgaste Rápido; Suplemento de Disponibilidade e Piquete; 35 horas para todos e 25 dias de férias; Revogação do SIADAP e reforço dos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado”.
No entender do STAL “o ano de 2026 será mais um em que o poder de compra dos trabalhadores da Administração Pública – e em particular os da Administração Local, em que os salários são mais baixos – se degrada significativamente, respondendo o governo PSD-CDS, com os “bolsos cheios” da receita fiscal (superou os 51 mil milhões de euros até Outubro, +5,1%), às dificuldades dos trabalhadores com uma actualização salarial de 2,15%, valor muito aquém do necessário para repor o poder de compra perdido desde 2009 e para fazer face ao agravamento do custo de vida”.
A finalizar, o sindicato diz que “a política de direita que o Governo pratica – e que conta com o apoio do Chega e da Iniciativa Liberal – agrava o empobrecimento da generalidade dos trabalhadores, e da população em geral, isto num quadro em que o País (segundo o INE) registou um excedente orçamental de 1% do PIB no 1.º semestre do ano”, referindo ainda que “com o reforço da luta dos trabalhadores será possível reverter as políticas de direita do Governo, que representam um autêntico ‘assalto’ aos direitos dos trabalhadores e visam satisfazer os patrões, que desejam ter ao seu serviço trabalhadores descartáveis e com salários de miséria”.















