A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) desenvolveu um modelo preditivo inovador, capaz de antecipar os riscos em saúde pública de fenómenos climáticos extremos. Esta ferramenta única, adaptada à realidade regional, está integrada nos Planos de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde da instituição, e permite uma resposta mais rápida e eficaz das unidades de saúde da ULS Médio Tejo. A existência deste modelo preditivo único e ajustado à região do Médio Tejo permite salvaguardar a vida de milhares de pessoas, sobretudo as mais vulneráveis – os idosos e as crianças.
Perante a crescente frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como as recentes ondas de calor e as fortes chuvas que já se fizeram sentir este outono, a ULS Médio Tejo reconheceu a necessidade de um sistema de alerta precoce e específico para a região devido ao impacto que as alterações climáticas têm na saúde da população. O novo modelo preditivo, desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Fenómenos Climáticos Extremos da Unidade de Saúde Pública da ULS Médio Tejo, foi apresentado ontem à imprensa e aos gabinetes de comunicação das autarquias do Médio Tejo, no Auditório do Hospital de Tomar da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo.
Neste evento, foi realçado que esta metodologia permite:
– Avaliação do risco, com deteção precoce e gradação de alertas: Identificando com antecedência ondas de calor, ondas de frio, períodos de seca e outros eventos climáticos que podem afetar a saúde da população do Médio Tejo. São emitidos alertas específicos para a região, com base em dados científicos e epidemiológicos, apurados localmente do Médio Tejo.
– Gestão do Risco, através de planeamento estratégico: Permitindo que os profissionais de saúde implementem atempadamente ações de prevenção e resposta de forma mais eficiente para fazer face aos efeitos destes fenómenos na saúde.
– Comunicação do Risco: Disseminando informações claras e oportunas para a população, incentivando a adoção de medidas de autocuidado pela população
“Com este modelo, conseguimos antecipar em até 24 horas os impactos de eventos climáticos extremos na saúde da população, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz por exemplo dos nossos hospitais – alertando-os para uma maior pressão no serviço de urgência com patologia crónica descompensada, ou a possibilidade de um pico de infeções respiratórias“, afirma Paulo Luís, médico especialista em Saúde Pública da ULS Médio Tejo que integra o Grupo de Trabalho dos Fenómenos Climáticos Extremos.
“Estamos a poucas semanas de entrar no Inverno e a ULS Médio Tejo demonstra um pioneirismo exemplar a nível nacional ao desenvolver um modelo preditivo que coloca Portugal na vanguarda da saúde pública. Esta inovação é um testemunho do compromisso da nossa instituição e dos seus profissionais de saúde em proteger a vida e o bem-estar dos seus utentes”, declara Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo. “Ao antecipar os riscos e agir de forma proativa, a ULS Médio Tejo está a salvar vidas e a fortalecer todo o SNS a enfrentar as alterações climáticas e o seu inevitável impacto na saúde”, enaltece o responsável.
