Integrada na Exposição Pré-Pós Declinações Visuais do 25 de Abril , importante exposição sobre as artes visuais, a cultura em Portugal entre 1970 e 1977 (com curadoria do historiador e crítico de arte Miguel von Hafe Pérez), patente na Fundação de Serralves-Museu de Arte Contemporânea desde 24 de Abril (inaugurada pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro), acontecerá no próximo dia 19 de Outubro, às 18h00 e no período de encerramento do evento (dia 20), a reinterpretação/reposição da performance Identificación, de 1975, de Manoel Barbosa, apresentada nesse ano em Barcelona.
Vânia Rovisco (com vasto e relevante trabalho na dança e performance art em Portugal, Alemanha, Bélgica, França ou Espanha) reinterpretará com mais quatro performers, esse trabalho de Manoel Barbosa. Este evento tem também curadoria de Cristina Grande, directora de artes performativas do Museu.
Identificación foi reapresentada com curadoria e interpretação de Vânia Rovisco mais cerca de 14 performers, em 2015, no Museu Arpad Szenes/Vieira da Silva, Lisboa, Teatro do Campo Alegre, Porto, Centro de Artes e Arquitectura, Guimarães, Teatro-Cine, Torres Vedras e Centro Negra, Múrcia.
Pré-Pós Declinações Visuais do 25 de Abril (…)”É um capítulo marcante da história da arte portuguesa” . (…)”Mais do que um simples gesto celebrativo, este projecto pretende investigar as tensões, as contradições e os movimentos paradoxais que marcaram os períodos imediatamente anteriores e posteriores à Revolução. Num arco cronológico de 1970 a 1977, a exposição regista como o universo das artes reflectiu as experiências e sentimentos que terão acompanhado o processo revolucionário e como este se desenvolveu entre o entusiasmo utópico e a apreensão contida (…) sublinha-se a presença sísmica das múltiplas representações do corpo, muitas vezes trespassado por referências políticas desafiantes”
No evento em Serralves estão seleccionados muitos dos mais destacados artistas como Alberto Carneiro, Albuquerque Mendes, Álvaro Lapa, Ana Hatherly, Ana Vieira, Ângelo de Sousa, António Barros, Armando Azevedo, David Evans, Eduardo Batarda, Eduardo Neri, Emília Nadal, Ernesto de Sousa, Ernesto Mello e Castro, Fernando Lanhas, Grupo Puzzle, Heine Semke, João Cutileiro, João Dixo, João Vieira, José de Guimarães, José Rodrigues, Julião Sarmento, Júlio Pomar, Lourdes Castro, Malangatana, Mário Cesariny, Nikias Skapinakis, Noronha da Costa, Paula Rego, Silvestre Pestana, ou Vieira da Silva. Destaca-se também a mostra de documentos desse período, cartazes e fotografias históricas, escritos de Sophia de Mello Brayner ou de Mário Henrique Leiria, debates, conferências, cinema, vídeo.
Uma performance de Albuquerque Mendes/Beatriz Albuquerque ocorrerá no dia 20 às 18h00. Manoel Barbosa e Albuquerque Mendes, também pintor e performer igualmente histórico, foram os únicos seleccionados para apresentarem performances.
Manoel Barbosa Nasceu em 1951 em Rio Maior. Reside e trabalha em Lisboa, Nova Iorque e em Como. Com vasta actividade no âmbito da pintura, performance arte, vídeo arte, instalação, tem exibido o seu trabalho em importantes museus, fundações, galerias, institutos, universidades, encontros, festivais, na Europa, América do Norte e do Sul, Ásia, África, como : Acarte/Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa ; 5ème Symposim International d’Art Performance, Lyon ; FIA’80-Foire International d’Art Contemporain, Grand Palais, Paris ; ICA-Institute d’Art Contemporain, Londres, ; III Exposição de Artes Plásticas, Fundação C.Gulbenkian, Lisboa ; XII Biennal International d’Art de Paris ; Semaine International d’Art Performance, Galerie Diagonale, Paris ; Deitch Parade, Nova Iorque ; XV Bienal Internacional de Arte de São Paulo ; 100 Years of Performance Art, PS1-Museum of Modern Art, Nova Iorque e Garage Gallery, Moscovo ; Mudas-Museu de Arte Contemporânea da Madeira ; Premier Festival International de Performance Art, Paris ; Museu Colecção Berardo/Centro Cultural de Belém, Lisboa ; Galeria Plataforma Revolver, Lisboa ; Galeria Espaço Lusitano, Porto ; Ciclo Manoel Barbosa (durante 1 semana) Universidade de Coimbra e Teatro Académico Gil Vicente, Coimbra ; etc.
Vasta bibliografia sobre o seu trabalho. Representado em colecções públicas e privadas.