
Por João Maurício
Ao longo dos tempos foram existindo terras que mudaram de nome, como foi o caso de Porcalhota (Amadora) ou Aldeia Galega (Montijo). Outro caso foi a alteração ortográfica de Cintra para Sintra.
No caso concreto da atual área do concelho de Rio Maior, essas alterações são visíveis no mapa da construção da Estrada D. Maria. Algumas dessas povoações até já não existem, devido à sua dimensão diminuta.
Deixamos aqui o texto integral da legislação publicada, há meio século, sobre o lugar da Ribeira de Santo André.
«Decreto nº 583/75 de 15 de Outubro
Atendendo ao que referendaram os moradores do lugar de Panasqueira, da freguesia e concelho de Rio Maior, no sentido de a denominação do referido lugar ser substituída pela de Ribeira de Santo André;
Tendo em vista os pareceres da Junta Distrital e do Governo Civil do Distrito de Santarém;
Nos termos do nº 1 do artigo 12º do Código Administrativo;
Usando da faculdade conferida pelo artigo 3º, nº1, alínea 4, da Lei Constitucional nº 6/75 de 26 de Março, o Governo decreta e eu promulgo o seguinte:
Artigo único – o lugar de Panasqueira da freguesia e concelho de Rio Maior, do distrito de Santarém, passe a denominar-se Ribeira de Santo André.
José Baptista Pinheiro de Azevedo / Vasco Fernando Leote de Almeida e Costa.
Publique-se.
O Presidente da República, Francisco da Costa Gomes.
Promulgado em 7 de Outubro de 1975».
Notas – Pinheiro de Azevedo e Costa Gomes são figuras conhecidas.
Vasco Leote de Almeida e Costa era oficial da Marinha, foi Governador de Macau e, na altura, era Ministro da Administração Interna.
Ficará para outra altura abordar a questão do nome de Cabos para S. Sebastião.
