Por João Maurício
Este início de outono tem sido doce. Saiu, agora, o livro sobre a história da escola onde comecei a trabalhar. Na época chamava-se Escola Comercial e Industrial de Tomar, hoje, Escola Secundária Jácome Ratton. Aquele estabelecimento de ensino completou, agora, 140 anos e, por isso, foi editada, em livro, a história daquela instituição educativa. E como o período em que lá estive foi retratado num dos capítulos, só me resta ir a Tomar adquirir o livro. Estou curioso. Foi um período muito bom para mim.
Tudo isto a propósito das comemorações do primeiro centenário da Escola Secundária de Rio Maior. Trabalhei naquela casa durante dezoito anos, mas há vinte anos que não entrava lá. São excelentes as instalações. Quem trabalhou nos antigos pavilhões pré-fabricados, onde hoje está o Centro de Estágios, vê que a diferença é como do dia para a noite, ou melhor, da noite para o dia. Sou do tempo, longínquo, em que era presidente do Conselho Diretivo, o Professor Silvino Sequeira. A propósito, aquele abraço!
A cerimónia foi simples e rica e os discursos bem elaborados. Foi doce e muito agradável encontrar pessoas que já não via há dez ou, algumas, vinte anos. Excelente a ideia do professor José Albino Frazão de lançar o projeto de um livro sobre a história da escola, recorrendo a testemunhos, recolha de depoimentos, fotos.
Desculpem-me a ousadia, mas estou disponível para escrever uma crónica, com base nas memórias do que vivi no ano letivo 1978-79. (O primeiro ano em que lecionei nesta escola). Voltei passados quatro anos. Resta-me puxar pela memória para relembrar acontecimentos, detalhes, pormenores que o tempo teima em apagar. Tudo isto seve para que a memória não nos atraiçoe.
Resta-me referir a delicadeza que a Direção da Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira teve em oferecer aos convidados uma singela, mas emblemática recordação que “perpetua os 100 anos ao serviço da comunidade”.
Cem anos para uma instituição não será muito tempo, mas é o tempo de tantas vidas!
Na figura do Professor António Feliciano, recordado pelo Presidente da Câmara, lembrei-me de todos os professores e funcionários que já partiram. Deito uma lágrima fugidia por eles!
