
Seis homens foram condenados, no passado dia 7 de fevereiro, pelo Tribunal de Loures, a penas de prisão, suspensas na sua execução, pelo crime de lenocínio.
Ao que o Comércio & Notícias conseguiu apurar “ao longo de dois anos, entre 2018 e 2020, forçaram mulheres a prostituir-se em várias residências nas localidades de Rio Maior, Bombarral, Lourinhã e Aveiro, utilizando câmaras para as vigiar e controlar quantos clientes recebiam”.
Segundo um comunicado emitido pela Procuradoria da República da Comarca Lisboa Norte, “as mulheres eram obrigadas a desenvolver, diária e consecutivamente, atividades de cariz sexual entre as 10h00 e as 23h00 mediante o pagamento de uma quantia monetária por estes fixada, e da qual recebiam 50%”.
No mesmo comunicado pode ainda ler-se que, “por forma a controlar a atividade desenvolvida, os arguidos, para além da vigilância pessoal que efetuavam, colocaram, em duas das residências, câmaras de videovigilância, impedindo que as mulheres que se dedicavam à prostituição pudessem recusar clientes e possibilitando um controlo do número efetivo de pessoas que ali se deslocavam para atos de cariz sexual”.
O Ministério Público adianta que “não obstante a condenação, irá recorrer, quanto a um dos arguidos, da medida da pena aplicada, pugnando pelo cumprimento da pena efetiva”.
O inquérito que esteve na origem da condenação foi dirigido pelo Ministério Público – Subsecção da Lourinhã, DIAP – Departamento de Investigação e Acção Penal da Comarca de Lisboa Norte, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.
