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O gaming tornou-se um fenómeno cultural transversal, que abrange vários domínios da produção de conteúdos, sejam eles filmes e séries baseados em videojogos, podcasts, vídeos e posts em redes sociais ou streaming de jogos. Assim, multiplicam-se os eventos e conteúdos relacionados com esta indústria, de forma a cativar os seus apreciadores. De acordo com os últimos estudos, a indústria dos videojogos já é a mais valiosa do entretenimento, alcançado mais do dobro dos lucros dos setores da música e do cinema.
No que respeita ao desenvolvimento de videojogos propriamente dito (que é a génese do fenómeno e a sua principal força impulsionadora), o setor caracteriza-se pelo dinamismo, visando otimizar tecnologias de ponta de forma a bater a concorrência e conquistar mais utilizadores. Efetivamente, procura-se intensificar a sensação de imersão nos conteúdos, melhorando a qualidade dos gráficos e efeitos sonoros e dotando os jogos de funcionalidades que permitem que os jogadores criem as suas próprias histórias, dentro das narrativas.
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Realidade virtual e mobilidade
Ora, uma das tecnologias a que o setor mais tem recorrido para potenciar estas experiências de jogo realistas é a realidade virtual, sendo já bastante os títulos que integram esta tecnologia, como, por exemplo, Phasmophobia, Walking Dead – Saints & Sinners ou SUPERHOT. Para usufruir destes conteúdos em casa ou onde desejar, são necessários alguns gadgets, nomeadamente óculos VR que transmitam imagem em 5K e que permitam um campo de visão de 120° a 360°, com uma frequência de atualização suave, auscultadores de alta resolução, som surround 360° e adaptadores wireless, que permitem que nos movimentemos durante os jogos.
Porém, se não tiver estes dispositivos ou preferir ter este tipo de experiência na companhia de amigos, existem também cada vez mais arenas que disponibilizam também este tipo de tecnologia, e que garantem experiencias inovadoras e divertidas.
Outro aspeto que o setor tem procurado otimizar relaciona-se com a mobilidade. De facto, os gamers procuram cada vez mais dispositivos de jogo portáteis, que lhes permitam jogar em qualquer lado e sempre que quiserem, sem terem de estar presos ao PC e às consolas tradicionais. Assim, têm sido desenvolvidas consolas de pequenas dimensões e grandes capacidades técnicas, como a Nintendo Switch.
Paralelamente, têm sido igualmente criados conteúdos de grandes franchises, como Call of Duty, League of Legends ou Minecraft para smartphones. Esta última abordagem surgiu como reposta ao uso massivo do smartphone enquanto desportivo de jogo, devido às excelentes características tecnológicas que possui na atualidade, para além da sua portabilidade, que conquistou a maioria dos gamers.
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Retrogaming
Todavia, se a maioria dos jogadores procura a tecnologia mais avançada e recente para jogar, há uma outra tendência no gaming atual, a filosofia do retrogaming. Pois bem, esta tendência recupera jogos clássicos como Sonic Classic Heroes, Dragon Ball Z – Buyū Retsuden ou Super Smash Bros., preferencialmente jogados nos dispositivos originais, como as consolas PlayStation 1 e 2 ou a Xbox original; ou então, em sistemas atuais, por meio de emulação ou via compilações.
Porém, esta tendência nostálgica vai ainda mais longe, recuperando igualmente as máquinas de arcade clássicas com grandes sucessos como PacMan, Street Fighter II ou Space Invaders. E a verdade é que o ressurgimento destas máquinas está a tornar-se de tal modo popular que até grandes cadeias de distribuição já as têm espalhadas nos seus espaços comerciais, de forma a entreter os clientes enquanto fazem as suas compras.
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iGaming
Ora bem, se analisarmos a significativa adesão ao iGaming, enquanto variante do gaming, e as plataformas que disponibilizam conteúdos clássicos de casino, como Blackjack, não podemos deixar de a relacionar diretamente com esta tendência do retrogaming, visto que a mesma reflete a procura por conteúdos de jogo clássicos de casino, tirando partido, contudo, do software e tecnologia de ponta, que permitem um acesso a conteúdos imersivos a partir de qualquer dispositivo com acesso à Internet.
Os jogadores ficam assim libertos da contingência bem old-school da deslocação a uma sala de casino física, tendo acesso a catálogos diversificados dos jogos clássicos e as suas variantes, que podem proporcionar experiências de jogo mais inovadoras. Deste modo, o iGaming faz a ponte entre a inovação do jogo e os jogos clássicos.
O gaming é atualmente o setor do entretenimento mais poderoso e com mais recursos para investir em tecnologia otimizada, com potencial para cativar ainda mais utilizadores. À medida que se vão produzindo conteúdos cada vez mais imersivos, refletindo uma forte preocupação com a mobilidade, surgem, paralelamente, tendências que recuperam o passado e as origens do gaming, considerados mais autênticos. A meio caminho, fica o iGaming, que combina jogos clássicos com tecnologia de ponta.