A Praia do Salgado, na freguesia de Famalicão, tem zero poluição. A lista das 59 praias Zero Poluição do nosso país contém esta praia, localizada a sul, pertencente ao concelho da Nazaré.
Uma Praia ZERO Poluição é aquela em que não foi detetada qualquer contaminação microbiológica nas análises efetuadas às águas balneares ao longo das três últimas épocas balneares, indo ao encontro do que se deseja no quadro do Pacto Ecológico Europeu, em particular no âmbito do Plano de Ação para a Poluição Zero.
Em 2024, as Praias ZERO Poluição representam 9 por cento do total das 664 águas balneares existentes, um aumento de um por cento, mais cinco praias em relação às 54 classificadas no ano passado.
Todas as praias classificadas o ano passado como Praias ZERO Poluição estão classificadas, ao abrigo da legislação, como praias com qualidade da água “excelente”. Na maioria das vezes, à custa de uma única análise onde foi detetada a presença de microrganismos, mesmo que muito longe do valor-limite, deixaram de poder ser consideradas Praias ZERO Poluição. Pela positiva, merece destaque o facto de este ano haver na Região Autónoma dos Açores, 21 Praias ZERO Poluição, mais de um terço do total (36 por cento).
“Um outro aspeto relevante é haver pela primeira vez duas praias interiores classificadas como Praias ZERO Poluição – Santa Clara em Odemira e Devesa no Sabugal. Nove municípios, Calheta, Lajes do Pico, Leiria, Machico, Pombal, Ponta Delgada, Povoação, Sabugal e Santa Cruz da Graciosa, passaram a fazer parte dos concelhos com pelo menos uma Praia ZERO Poluição. Pela negativa, Albufeira, apesar de ter vinte cinco praias que deverão ver validadas com uma classificação excelente em termos de qualidade da água, teve as suas seis Praias ZERO poluição retiradas da lista este ano devido a, pelo menos, uma análise em cada uma dessas praias que tiveram um valor superior extremamente baixo, mas superior a zero”, refere a Associação ZERO, que elabora este estudo a partir de dados solicitados à Agência Portuguesa do Ambiente.
Esta entidade ambientalista identificou as praias que, ao longo das três últimas épocas balneares (2021, 2022 e 2023), não só tiveram sempre classificação “EXCELENTE” como apresentaram valores zero ou inferiores ao limite de deteção em todas as análises efetuadas aos dois parâmetros microbiológicos controlados e previstos na legislação (Escherichia coli e Enterococos intestinais).
Em todas as análises efetuadas não houve sequer a deteção de qualquer unidade formadora de colónias. Consideram-se três anos por corresponder ao período mínimo habitualmente requerido pela Diretiva 2006/7/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 15 de fevereiro de 2006, relativa à gestão da qualidade das águas balneares, para se proceder à classificação da qualidade da zona balnear.