
Por João Maurício
“Esta região do Concelho de Rio Maior, bem merece que se olhe para ela com um carinho equivalente ao património arqueológico que encerra”. Estas palavras foram retiradas do pequeno opúsculo “Notas Arqueológicas da Região de Alcobertas (Rio Maior)”, apresentado no Iº Congresso Nacional de Arqueologia, editado em Lisboa, em 1959.
A referida publicação, pensamos nós, nunca mais foi reeditada, só é possível encontrar nos alfarrabistas. Há pessoas muito mais qualificadas para abordar este tema da arqueologia riomaiorense, mas não é por isso que deixamos de trazer aqui este assunto.
Os opúsculos são folhetos culturais que contêm textos impressos com poucas páginas. Estas “Notas Arqueológicas” têm apenas doze páginas. São, contudo, um documento histórico da arqueologia riomaiorense.
Os autores foram:
Afonso do Paço (1895-1968). Foi militar e arqueólogo. As explorações no Castro de Vila Nova de São Pedro (concelho de Azambuja), deram-lhe algum prestígio. Entre 1958 e 1960, explorou o Campo de São Jorge, onde aconteceu a Batalha de Aljubarrota.
Francisco Barbosa era um cirurgião famoso. Embora tenha nascido em Turquel, foi uma figura ligada a Rio Maior, onde passou a maior parte da sua vida. Foi arqueólogo amador.
José Nascimento e Sousa, médico no Hospital de Alcobaça foi, também, arqueólogo amador.
Francisco Bergstrom Barbosa, licenciado em Farmácia. Esteve, também, ligado a este ramo da História.
Estamos perante pioneiros nesta área. Sem querermos referir todos os nomes ligados à arqueologia local destaco: Manuel Heleno, professor catedrático da Faculdade de Letras de Lisboa e figura conceituada nos meios académicos.
Em 1964, tentou a instalação de um museu de arqueologia, neste concelho. Infelizmente, tal não chegou a acontecer.
