

Por João Maurício
O semanário “Gazeta das Caldas” fez recentemente 100 anos de vida. Este credenciado jornal resistiu a tudo, mesmo à crise por que passaram os jornais que são publicados em papel. Um periódico incómodo para os governos centrais e grande defensor dos interesses da região.
Consultar a “Gazeta” é fundamental para compreendermos a evolução que tiveram os concelhos do litoral oeste – da Nazaré a Peniche, passando por Óbidos, Cadaval, Bombarral e, claro, Caldas da Rainha. Com a tiragem atual de cinco mil exemplares, publicou, até agora, 5.611 edições.
O jornal esteve na linha da frente na luta “anti central nuclear” de Peniche, na defesa ambiental da Lagoa de Óbidos, na construção da A8 e da A15, na futura criação de um novo hospital no Oeste. Tem sido, sempre, um elo entre as terras oestinas e as comunidades caldenses espalhadas pelo mundo, nomeadamente nos Estados Unidos da América. Dedica sempre muito espaço à componente cultural e dá, também, devido destaque ao desporto. A Gazeta foi uma acérrima defensora da agricultura da região e de todas as instituições desta zona geográfica.
Manter um jornal regional é um projeto arrojado e, por isso, sendo necessário ultrapassar muitas dificuldades. Uma tarefa árdua. Este Semanário, com alguma frequência, retrata o que vai acontecendo em Rio Maior, como aconteceu recentemente com a Feira das Cebolas.
Deixo, aqui, uma nota pessoal. Quando publiquei o meu livro “Os Sapateiros da Benedita e a sua história”, ao contrário de outros, este jornal recebeu-me de braços abertos.
Obrigado ao jornalista Isaque Vicente que fez um longo trabalho sobre esta pequena obra.
Parabéns à Gazeta que, tenho a certeza, continuará a ser um periódico de qualidade.
Sem dúvida, será um farol que iluminará o progresso do Oeste, região de grande importância, nomeadamente nas áreas turísticas e agrícolas.















